Hoje foi um bom dia de trabalho, estou francamente exausto, enviar as cartas para diferentes pessoas com diferentes problemas e preocupações é uma tarefa muito cansativa, apenas o fato de me concentrar para poder vislumbrar o resultado da união dos diferentes significados de cada carta o tarô é algo que supera qualquer um, se somarmos a isso toda a energia que deve ser emanada para obter a energia do cliente e traduzi-la em previsões, o leitor entenderia a rigorosa tarefa mental envolvida no exercício de concentração que faço diariamente nas minhas sessões privadas.
Indivíduos de todos os estilos me procuram: senhoras, senhores, meninos, meninas, velhos, jovens, gordos, magros, altos e baixos... de todos os tipos de posições sociais e ofícios díspares, de juízes a réus, de ladrões a policiais. designers a modelos, de atores a políticos, de donas de casa a empresárias, prostitutas e celebridades, todo mundo vem perguntar ao oráculo.
Há dias em que tenho meia hora morta, em que ninguém vem ou telefona, são horas que aproveito alegremente para desenhar a minha publicidade, escrever o guião da minha longa-metragem, deste blog, ler e responder aos meus e-mails e estudar novas formas de ler o destino.
Pratico todo tipo de mancias, e mesmo assim não me canso de aprender, adoro me polir como profissional e sobretudo descobrir novas fórmulas que me excitam em um mundo esotérico que já me cansa e me aborrece sobremaneira.
Eu me pergunto: por que meu trabalho é tão criticado? pelo qual declaro imposto de renda a cada três meses, pago seguro auto-emprego, contrato pessoal e ajudo, ou tento ajudar, todas aquelas centenas de vidas que passam um mês na frente da cadeira do meu escritório. O que há de errado em usar uma parte da minha mente para capturar o que já existe assim que eu nasci?: o destino.
Recentemente, em um debate televisivo para o qual fui convidado, um jornalista da rede Cope me instigou a dizer quanto eu recebia, contei-lhe meus honorários e, escandalizado, ele me atacou furiosamente acusando-me de não trabalhar de graça, argumentou que assim como ele era pago pelo seu trabalho de jornalista eu cobrava pelo meu, ao que ele respondeu que seu trabalho era um derivado de sua carreira e que eu, no entanto, faltava, ao que eu argumentei novamente: que se ele não sentir pena de um cara sem estudos, sem carreira: sem BUP ou COU, tem 6 funcionários, duas lojas, faz sucesso na televisão, é seu próprio patrão, ganha 4 vezes mais que ele e conhece todo tipo de personagens inusitados: – Considere então a validade de "sua brilhante e respeitada carreira"!..., disse-lhe.
Hoje quando cheguei em casa fiquei me perguntando no carro, o que é necessário para que a inveja se transforme em ouro?